Suinocultura.

Informativo 193

Carne suína, muito mais saudável.

Nos últimos anos, com os avanços tecnológicos: com o desenvolvimento dos novos materiais genéticos, mudanças fundamentais nos níveis nutricionais dos suínos, novas técnicas de manejo, aliadas a conceitos totalmente modernos nas construções, e manejo, e evidentemente, criações modernas de suínos livres de problemas sanitários, mudou-se completamente a qualidade da carne dos suínos atualmente no mercado. O Porco foi perdendo a gordura, e virou SUÍNO e hoje apresenta baixos índices de gordura, comparada a outras carnes.

Muitos mitos envolvem a carne suína. Um dos principais é sobre os propalados altos índices de gordura presentes. No passado isso até era verdade, mas a coisa se modificou com o passar dos anos. Para se ter idéia, de acordo com estudos feitos nos EUA em 1963, o lombo cozido continha 34,8% de gordura e 413 calorias em cada 100 gramas do produto; 20 anos depois em 1.983, o teor de gordura havia baixado para 13,7% e as calorias para 237.

Em 1994, a gordura presente no mesmo tipo de carne suína já era de apenas 6,2% e as calorias por 100 gramas eram de 187. Também em 1994 foi realizada uma pesquisa junto a consumidores, onde 92% dos entrevistados concordaram que o sabor da carne suína era o principal ponto a seu favor. Em compensação, 35% disseram se tratar de um produto que faz mal e é perigoso à saúde, 55% afirmaram que a carne de porco possui muita gordura e colesterol. Mas todas as pesquisas realizadas têm demonstrado que os teores de gordura e calorias presentes na carne suína estão diminuindo e o que falta e informar a população sobre isso.

Com os avanços técnicos obtidos pelos criadores nas últimas décadas, todos preconceitos que a população brasileira ainda possa ter sobre a qualidade da carne suína estão acabando, melhorando a sua imagem e propiciando uma perspectiva muito boa para o futuro da suinocultura brasileira.

Atrativos.

A carne suína é macia e tem um sabor muito agradável que é o motivo de sua grande aceitação. Além disso, possui um teor adequado de proteína (19 a 20% na carne magra), combinando todos os aminoácidos essenciais, apresentados numa forma biologicamente disponível.

Apesar de atrair pelo sabor, a carne suína também é excelente fonte de vitaminas do complexo B, principalmente a tiamina e riboflavina (B-12). A tiamina é muito importante para o metabolismo das gorduras, carboidratos e proteínas e a carne é uma das melhores fontes desse nutriente. A riboflavina, importante para a liberação da energia dos alimentos, é encontrada em grandes quantidades apenas na carne suína e no leite.

A carne suína também destaca-se pelo seu conteúdo de cálcio, fósforo e potássio. Muita atenção deve ser dada ao potássio, já que este mineral tem uma importante função na manutenção da pressão sangüínea. Estas alterações podem causar hipertensão.

Como se sabe, este enfermidade é freqüente na população humana e as principais indicações nutricionais para controla-la são: diminuir o consumo de sódio e aumentar o consumo de potássio. Por isso a carne suína é a mais indicada para pessoas que possuem problemas de hipertensão, pois tem mais potássio e menos sódio do que as outras carnes.

Outro mineral importante da carne suína é o ferro. Metade do ferro, ao contrário dos contidos nos vegetais, vem numa forma que é rapidamente digerida e absorvida pelo homem. A deficiência de ferro é especialmente sentida pelas crianças e mulheres, aumentando os riscos de anemia.

sossuinos@uol.com.br


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