M.Docco, Barreiras BA / E.Loreto, Passo Fundo RS.

P.Tenho dúvidas à respeito da eficiência reprodutiva nas minhas matrizes.

R.Podemos determinar diversos fatores como fundamentais para nos orientarmos como importantes para podermos avaliar a produtividade ou a eficiência reprodutiva de um rebanho de suínos. Mas acreditamos que deveremos sempre tomar como um bom parâmetro a medida: "Número de leitões produzidos por matriz por ano". E os baixos índices de produtividade dentro de uma suinocultura poderão estar sendo afetados por alguns problemas sanitários, como: Parvovirose, Leptospirose, entre outros..., ou por problemas multifatoriais, como: Stress calórico, ambiente, manejo, nutrição. E o diagnóstico das falhas reprodutivas multifatoriais são de extrema complexidade, sendo necessário que tenhamos um sistema normatizado, para nos fornecer todas as informações à respeito dos dados reprodutivos de cada uma das nossas matrizes, reprodutores, bem como por fase da vida de cada um destes animais, bem como por setores dentro da granja, e possamos fazer uma análise de todo o nosso sistema de produção. Deveremos proceder uma avaliação individual por matriz do rebanho e por reprodutor, bem como por cada um dos fatores acima mencionados, e podemos observar que os problemas sanitários, de origem patológica surgem espontaneamente, sem nenhuma intervenção, e independente da vontade do produtor, e devemos identificar os outros fatores risco.

Controle e monitoramento: como vimos buscamos uma produtividade de 23 a 24 cevados/ano, vendidos por matriz alojada, se a nossa granja é de 100 matrizes, esperamos vender por volta de 2.350 cevados por ano, que representa 196 animais de 100 Kg vendidos por mês.

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Fatores de Risco.

· Observar com atenção os problemas de febre nas matrizes no dia da cobertura e nos 5 dias pós cobertura, (temperaturas retais superiores à 39,5), Medicar estas matrizes, e evitar infecções com ocorrência de febre no período de cobertura e pós cobertura, e manter estas matriz recém cobertas ( primeiros 30 dias ) em um ambiente com temperatura abaixo de 27ºC

· Confirmar soroconversão para parvovirose. E Rever o programa de vacina, bem como o manejo da mesma, agulhas utilizadas.

· Controlar com rigidez os problemas de infecção urinária, estimular o consumo de água pelas matrizes, promover máxima higiene das baias por ocasião das coberturas, partos e desmama, e adotar o uso de cloreto de amônea nas rações gestação.

· Controlar o intervalo parto-cobertura, pois nos intervalos menores que 24 dias temos maiores probabilidade de problemas de infecções genitais, e não efetuar desmamas com menos de 21 dias.

· Intervalo desmama-cobertura maior que 6 a 7 dias, devemos rever o programa de estímulo de retorno ao cio, levando um macho adulto nas baias das fêmeas desmamadas, já a partir do dia seguinte a desmama.

IDE (Intervalo Desmama Estro) Curto entre 3 e 6 dias, iniciar as coberturas 24 horas após o começo do cio e efetuar preferencialmente 2 montas com intervalo de 12 horas.

IDE (Intervalo Desmama Estro) Longo entre 7 e 11 dias, iniciar as coberturas (montas) imediatamente e efetuar preferencialmente 3 montas com intervalo de 12 horas.

O procedimento acima IDE Curto/Longo visa diminuir as ocorrências de corrimentos vulvares pós cobertura e melhorar a eficiência reprodutiva das matrizes.

· Promover um programa de reposição de marrãs, e sempre observar o índice de produtividade das matrizes descartadas, descartando as fêmeas que estiverem produzindo menos de 11,2 leitões por parto com uma média de 2,35 partos por ano.

· Reprodutores com histórico, de baixa produtividade, com menos de 11,2 leitões por leitegada, também deverão ser repostos, e rever o programa de utilização de machos.

Condição Corporal

· Fêmeas magras na cobertura, ( Ver tabela de condição corporal ), com condição corporal 1 ( na cobertura ), devemos estar atentos na alimentação destas matrizes durante a lactação, para que não percam tanto peso.

· Fêmeas gordas no parto, ( Ver tabela de condição corporal ),com condição corporal entre 4 e 5 ( no parto ), devemos nos orientarmos melhor no manejo da gestação para mante-las sempre na condição corporal 3.

· Problemas de casco aprumos.

· Duração da cobertura, menor de 3 a 4 minutos.

· Temperaturas acima de 28º nos últimos 30 dias antes do parto. Todos os itens acima, deverão ser vistos e monitorados individualmente e no conjunto e mante-los perfeitamente sobre controle, para que tenhamos a maior eficiência reprodutiva do nosso rebanho.

Veja nos informativos técnicos: sobre Produtividade do rebanho, manejo na gestação, manejo de reprodutores e programa de vacinação.


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