O.S.V. - Braço do Norte - SC.

Rastreabilidade  na suinocultura.

Sistemas de Identificação:

As tecnologias utilizadas e ou disponíveis para auxiliar na rastreabilidade animal.

Para a implementação da rastreabilidade suína, existem vários sistemas que podem ser aplicados, ao rebanho,  estamos aqui considerando o custo e a tecnologia e as dificuldades pertinentes a cada sistema.

SISTEMAS TRADICIONAIS:

Os sistemas que são usados com suínos, incluem os brinco plásticos e ou de alumínio numerados, e ainda os sistemas de mossa ( sistema australiano ), ou tatuagens, que podem ser facilmente identificadas. A utilização de brincos numerados ou qualquer identificação acima não necessita de equipamentos eletrônicos para leitura, os brincos tradicionais,  são relativamente baratos, por volta 0,40 U$  aproximadamente quarenta centavos de dólar cada brinco ( 21/04/2003).  As desvantagens são que as tatuagens tornam-se ilegíveis com o tempo, as mossa onde usamos pique e furos, por acidentes e ou brigas dos animais podem rasgar a orelha, mudando completamente a identificação, e os brincos, como sabemos, são arrancados com facilidade e se perdem e temos que colocar novos brincos, calcula-se numa perda de brinco de mais de 10% em grupos de matrizes em gestação, imaginem em animais na recria e terminação. E se considerarmos uma granja com 1.000 matrizes onde temos uma média de 25.000 leitões por ano mais os brincos que se perdem precisaríamos de 27.500 brincos por ano, que representaria por volta de 11 mil dólares por ano, este custo para o produtor.

SISTEMAS ELETRÔNICOS:

Brincos plásticos, com código de barra que permite ser lido com caneta ótica,  ou brincos que contenham um transponder embutido representam um avanço tecnológico significativo. A leitura  e o registro da identidade podem ser automatizados, identificação imediata e precisa. A implantação deste sistema ainda é inviável, na suinocultura mundial que não absorve os custos, e que certamente nos próximos anos terá condições de absorver  e devemos nos lembrar que que vai pagar a conta é sempre o produtor de suínos. Neste caso também usaríamos brincos, sujeitos a serem perdidos dentro da granja.

SISTEMAS BIOMÉTRICOS:

O sistema de leitura da retina dos animais é uma possibilidade segura, confiável e sem o risco de se perder, e totalmente a prova de fraude, mas teríamos o custo de implantação de equipamentos para fotografar a retina dos animais e arquivar em SOFTWARE próprio, e quando mandarmos o animal para o abate enviaríamos via internet os dados de identificação daquele animal que vai para o frigorífico.

SISTEMA TUPINIQUIM:  ( FICHA POR LOTE ).

Deveríamos adotar um sistema informatizado,  ( SOFTWARE tipo S.O.S. SUÍNOS) onde teríamos controle por lote ( cada parto gera um lote ), neste lote teríamos:  a filiação, data de nascimento, peso ao nascer, transferências efetuadas, mortes de animais deste lote, medicamentos, e programa de vacinação usado nesta granja de origem dos animais,  datas das mudanças das rações, formulas de rações usadas, peso a desmama, peso na saída de creche,  Previsão de venda, peso de venda, GPD e CA, acredito que com estas informações acompanhando cada lote, seria o suficiente para o frigorífico se resguardar de problemas sanitários , para uma exportação segura.

Em um programa de rastreabilidade o que precisamos saber: Nome do proprietário do animal, nome da propriedade, localização, tamanho do plantel, status sanitário da região, programa de vacina usado, ingredientes usados na alimentação, mais as informações acima ( todas estas informações estão na ficha de lote ).

E precisamos ter certeza e responder alguma perguntas básicas:

Você, é quem diz ser?, Você vem realmente de onde diz vir?

Vejo o atual programa de rastreabilidade que o governo que empurrar boca abaixo para o suinocultor, mais como um custo do que um investimento, também acredito que a rastreabilidade é um caminho sem volta para quem quer exportar. Quem tem que pagar este custo é o importador europeu ( consumidor final ) , e não o produtor brasileiro.


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