SUINOCULTURA

S.O.S. Suínos

Informativo Técnico 5

Hérnia Umbilical.

Conceito: E o deslocamento de vísceras através do anel umbilical, formando uma tumoração ventral.

Temos observado, e analisado ao longo dos últimos 10 anos, a incidência das ocorrências das hérnias umbilicais em suínos, que seguramente, aumentou o numero de casos em cada granja. Chegamos a detectar por volta de 3% de animais herniados, nas fases de recria e terminação, período compreendido entre, 63 e 147 dias, com pesos respectivos de 26 à 98 kg em media.

A maior ocorrência e evidenciada em granjas que utilizam animais geneticamente mais modernos, cruzamentos entre raças, Large White, Landrace, e isto tem uma explicação lógica, se bem que um tanto simplista, : animais com maior ganho de peso diário, são mais susceptíveis a casos de hérnia umbilical.

Fatores predisponentes ao aparecimento da hérnia umbilical.

* Falta de acompanhamento ao parto, leitões que nascem e permanecem arrastando o cordão umbilical pela baia; corte de umbigo mal feito, mal desinfetado, corte efetuado muito comprido, leitões que sofrem alguma prensada, no piso ou nas grades da gaiola de maternidade, e ainda pisos ásperos na maternidade, e os leitões ao mamarem friccionam a parede abdominal no piso diminuindo a resistência da musculatura do abdomem, temos observado ainda em algumas granjas leitões mamando (chupando) o umbigo dos seus irmãos; estes são os principais fatores que predispõe, às ocorrências de hérnias umbilical; não podemos descartar ainda o fator genético, principalmente quando existe um alto grau de consangüinidade no rebanho.

Controle das ocorrências de hérnia umbilical.

Acompanhar todos os partos, amarrar o umbigo de todos os leitões com barbante de algodão (desinfetado) à aproximadamente 1,5 centímetros da sua inserção, e corta-lo logo abaixo, deixando com um comprimento entre 3 e 3,5 centímetros, e promover uma boa desinfeção, emergindo o cordão umbilical em uma solução de iodo.

Estar sempre atento dentro da maternidade, a prensadas (esmagadas) que eventualmente possam ocorrer nos leitões, quando a matriz estiver se levantando, deitando, ou ate mudando de posição.

Na primeira semana usar sempre que possível um tapete de borracha, carpete, ou ainda um saco de aniagem, todas vezes que os leitões forem mamar, forrando o piso para diminuir o atrito do abdomem do leitão com o piso, esta pratica alem de diminuir as lesões predisponentes ao aparecimento das hérnias umbilicais; diminui sensivelmente as lesões nas mãos, dos leitões, na região da articulação intercarpiana que são porta de entrada para bactérias. A prática do uso do tapete de borracha, ou do saco de estopa. também é muito recomendado nas granjas onde se produz matrizes, para proteger as tetas das leitoazinhas que serão as futuras matrizes do plantel (reposição) ou para comercialização.

Com relação a ocorrência de leitões mamando no umbigo de seus irmãos, tem alguns fatores que devem ser observados, disponibilidade de água para os leitões, que já a partir do 2º dia de idade consomem água, observar ainda como está a produção de leite pela matriz.

Muitas vezes a ocorrência de hérnias umbilicais não afeta o desempenho dos animais, mas devemos considerar o aspecto estético que fica prejudicado, a necessidade de se abater o animal afetado mais cedo (mais leve), ou ainda o risco que corremos deste animal morrer no transporte ate o frigorifico, ou ainda a condenação da carcaça no abatedouro, pelo pessoal da inspeção.

sossuinos@uol.com.br


<--Voltar