SUINOCULTURA

S.O.S. Suínos

Informativo Técnico 09

OBSERVACOES SOBRE A MELHORA DO NUMERO DE NASCIDOS VIVOS DO SEGUNDO PARTO.

Muitas granjas tecnificadas apresentam problemas de redução do numero de leitões nascidos de fêmeas de segunda parição. Este fato pode ter conseqüências econômicas mais serias quando está associado à baixa taxa de fertilidade destas mesmas fêmeas.

Relacionaremos neste artigo varias citações de diversos autores sobre este tema.

Segundo G.B.Bevier, o numero de parições das matrizes tem grande influencia sobre o numero de nascidos vivos. Matrizes que se encontram com menos de 3 ou com mais de 6 parições poderão apresentar uma queda no numero de nascidos vivos. A redução do numero de nascidos vivos da segunda leitegada podem ser notadas em algumas granjas, mas este fato não é necessariamente obrigatório. Algumas evidencias tem direcionado recomendações como não cruzar fêmeas de primeira parição quando estas entram no cio após desmama. A sugestão seria esperar pelo segundo cio. As experiências, são de que as granjas de bom manejo, que dão atenção especial à nutrição e condição da matriz a redução do numero de nascidos vivos a segunda parição não é problema.

Segundo Lowe, entre as técnicas para se aumentar o numero de nascidos vivos da segunda parição estão as de "segurar" as primíparas desmamadas por pelo menos 12 dias antes da cobertura. Roland, relaciona o aumento de nascidos vivos da segunda parição com a adição de altrenogest na ração.

Stevenson and Britt, recomendam ainda mudanças no "modelo de manejo" das matrizes.

Peso à desmama ou mudança de peso ou ainda mudança da medida da "cintura" da matriz durante a lactação são inversamente relacionadas com o intervalo desmama estro, segundo Aherne e Kirkwood and Britt.

As matrizes com intervalos de desmama-estro maior que 14 dias perderam mais gordura dorsal durante a lactação (5.4 vs 4.6 mm) e pariram mais leitões na leitegada subsequente (11.3 vs 9.9) que matrizes com intervalo desmama-estro menor que 14 dias .

Morrow, estudou em um grupo de 5l5 matrizes cruzadas (LW x LR) programas alternativos de manejo com o objetivo de se aumentar o número de leitões desmamados de fêmeas de segunda parição associando ainda o efeito das mudanças de peso, gordura dorsal e condições físicas da fêmea. Os resultados mostram que houve um aumento do numero de leitões nascidos vivos das fêmeas de segunda parição (2.2 a 3.4 leitões) que foram cobertas com no mínimo 11dias após a desmama sobre as porcas do tratamento controle que foram cobertas no aparecimento do cio pós-desmama. O efeito da idade da primeira cobrição sobre o numero de leitões nascidos da segunda parição foi significativo ( menos 2.3 ) leitões nas fêmeas cobertas com menos de 190 dias de idade comparadas as fêmeas cobertas com 210 a 220 dias de idade a primeira cobrição.

Morrow cita ainda outra pesquisa que relaciona ainda a baixa media de nascidos vivos da primeira parição (9.03) com a precocidade da primeira cobrição por volta de 189 dias contra a media de (10.3) nas fêmeas cobertas com media de 205 dias.

Clark, compara a idade de cobertura de leitoas de primeira cobrição com o seu numero de nascidos vivos e conclui que fêmeas com mais de 207 dias de idade pariram em media 9.95 leitões enquanto que fêmeas cobertas com menos de 185 dias de idade tiveram media de leitões nascidos vivos de 8.56. A taxa media de parição dos 5 experimentos foi de 85.3%, e 74,7% respectivamente.

Com estes experimentos conclui-se que o ideal e realizar as primeiras cobrições em leitoas com idade media acima de 210 dias.

Referencias Bibliográficas: Marrow. Jornal Animal Science 1.101 = 1.113

G.W. Beweir. Pig Information pág 47/49 Abril/2000

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