S.O.S. Suínos
Suinocultura
Informativo Técnico N· 102
Descarte de Matrizes: (faixa etária do plantel)
Distribuição da faixa etária de um plantel de matrizes
Devemos ter em nossa granja uma estratégia bem definida para o descarte e reposição das nossas matrizes, e o mecanismo mais importante para a tomada da decisão de descarte é: controles confiáveis.
Normalmente deixamos de repor, ou protelamos a reposição das nossas matrizes, em duas situações: quando temos um preço médio do cevado muito baixo, com margens muito apertadas; ou quando o cevado está com preço muito alto, acima da média histórica, pois a maioria das empresas fornecedoras de material genético, trabalha com preços de matrizes indexados ao valor do preço do abate. Nas duas situações acima, diminuímos a reposição e cometemos um erro grave; começamos a protelar os descartes de matrizes problemáticas, e simplesmente deslocamos os problemas de hoje para os meses seguintes.
O resultado é um acúmulo maior de fêmeas velhas no plantel, com um menor número de nascidos por parto, menor peso ao nascer, maior número de natimortos, aumento dos problemas reprodutivos, menor número de desmamados por fêmea por ano.
O ideal seria mantermos um programa constante de reposição ao longo do ano, e dependendo do tamanho da granja, (acima de 200 matrizes), seria prudente mantermos um rebanho (NÚCLEO) de avós, aproximadamente 12% do plantel de matrizes, e com este núcleo produziríamos as nossas fêmeas de reposição.
A condição de se manter um núcleo de (avós) para produção da nossa reposição, tem algumas vantagens claras:
1) Menor dependência, junto ao fornecedor de material genético.
2) Menor número de entradas de animais ao longo do ano, diminuindo o risco de entrada de problemas sanitários, a cada entrega.
3) Redução de pelo menos 70% no custo de reposição.
4) Cruzamento compatível com o nível da granja.
5) Fêmeas de reposição já adaptadas às condições sanitárias da granja.
6) Maior agilidade nas reposições, pois as marrãs, estão sempre prontas para entrada no plantel.
7) Maior rapidez na decisão de descartes de fêmeas problemas, pois o custo menor de reposição, proporciona esta vantagem.
8) Com a adoção do programa de se manter um NÚCLEO, estaríamos desfrutando ao máximo da capacidade reprodutiva do nosso plantel. Analise no quadro abaixo, bem como no gráfico; como deveria estar a percentagem da distribuição da idade das fêmeas do seu plantel.
Distribuição Ideal de Fêmeas no Plantel. (% de fêmeas)
Marrãs (virgens) ainda não cobertas | 6 % | |
Leitoas Cobertas (ainda não pariu) | 9 % | |
Número de Partos | 1 | 18 % |
2 | 14 % | |
3 | 13 % | |
4 | 12 % | |
5 | 10 % | |
6 | 8 % | |
7 | 6 % | |
8 | 2 % | |
9 | 1 % | |
10 ou Mais Partos | 1 % |
Deveremos
ter por volta de 49% de matrizes, entre o 2· e 5· partos, pois é
nesta faixa que as matrizes apresentam a maior produtividade, deveríamos
manter uma reposição anual do plantel entre 30 a 35%, e
considerarmos que a decisão de descarte de uma fêmea não
deverá ser somente pela idade, e sim pela sua eficiência
reprodutiva, aspecto sanitário, e condição física
corporal, principalmente cascos e aprumos.