Informativo Técnico Nº. 114

Uso de extratos de plantas e acidificantes para suínos, o que diz a ciência e a prática atual?

Autor : Rafael Gustavo Hermes



INTRODUÇÃO


O uso de principios ativos da natureza vem sendo usado a milhares de anos para o tratamento de diferentes doenças humanas e dos animais, principalmente por suas qualidades antisépticas (Cowan, 1999). Existe uma grande disponibilidade de informação científica que comprovam que o uso profilático de antibióticos traz benefícios no aumento do consumo de alimento, sua eficiencia de utilização e aumento no crescimento dos animais (Doyle, 2001; Dibner e Richards, 2005). Por outro lado, existem também fortes evidências que seu uso em baixa dosagem (promotora de crescimento) pode acarretar em cepas bacterianas resistentes (Budiño et al., 2005) e trazer resíduos aos produtos finais (Chen et al., 2005; Dibner e Richards, 2005; Roselli et al., 2005).
Por isso, em muitos países seu uso como antibiótico promotor de crescimento (APC) vem sendo questionado, como é atualmento o caso que está em discussão no Brasil e da União Européia que desde 2006 criou leis que contralam o uso indiscriminado de antimicrobianos. Após a restrição nesses países, cresceu muito o interesse cientifico pela busca de aditivos alternativos e que garantam o controle de doenças; o bem-estar e a produtividade dos animais (Lallès et al., 2009), além de garantir alimentos mais seguros e saudáveis (Varel, 2002).

Porém para a produção de suínos sem o uso dos APC, existem muitos outros fatores que devem ser controlados como: o manejo, um eficiente programa de vacinação e medidas profiláticas como a higiene e limpeza das instalações, entre outros. Mas se focarmos exclusivamente no papel do emprego de estratégias nutricionais para o controle de doenças entéricas de suínos, devemos considerar novos conceitos. Como por exemplo o termo recentemente proposto de "saúde intestinal", que engloba o equilibrio e as interações entre os componentes de uma dieta apropriada; o sistema digestivo com sua imunidade local; e o papel da microbiota intestinal (Montagne et al., 2003). De este modo nos referimos a uma busca de parametros de melhoria da fisiologia digestiva já que as doenças entéricas representam um grande problema, principalmente nas fases iniciais de desenvolvimento dos animais.

Definimos este mercado de aditivos alternativos ao uso de APC, como "Eubióticos" (do grego, EU = bom, bem; BIO = vida; e OSE = processo, ação, condição; ou seja Eubiose, significa: ação, processo ou condição de bem viver), ao se referir aos aditivos alimentares que buscam a melhoria não somente da "saúde intestinal" como prerrequisito para garantir o crescimento e a produtividade dos animais, mas também que tragam harmonia e equilíbrio para o meio ambiente e as pessoas envolvidas.
Dentre os diferentes produtos disponíveis no mercado (probióticos, prebióticos, minerais organicos, entre outros), os extratos de plantas e acidificantes representam dois grandes grupos de aditivos com promissores efeitos na saúde e bem-estar animal. Portanto, este trabalho centrará uma especial atenção nos resultados científicos publicados (focando em parâmetros de saúde intestinal) e dará uma visão atual do uso prático destes aditivos para a produçao de animais mais saudáveis.

 

EXTRATOS DE PLANTAS


Ainda nos dias de hoje, não somos capazes de identificar e caracterizar a infinidade de compostos ativos que existem disponíveis na natureza para o tratamento das mais distintas enfermidades que atacam os homens e os animais.
Entretanto, a pesquisa e desenvolvimento de aditivos baseados em extratos de plantas para suínos e aves, focou nos componentes naturais com atividade antimicrobiana, já que acredita-se ser um dos principais modos de ação dos antibióticos promotores de crescimento (Lallès et al., 2009). Porém, existem outros diferentes efeitos descritos, como 1) influencia na função immune (Koh et al., 1998: Boyaka et al., 2001); estimulação de enzimas endógenas (Platel e Srivasan, 1996); 3) antiparásitos (Force et al., 2000); 4) antifúngico (Mahmound, 1994); antiviral (Bishop, 1995; Garcia et al., 2003); 6) estímulo na produção de muco intestinal (Jamroz et al., 2006) e 7) atividade antioxidante (Dorman et al., 2000, Teissedre e Waterhouse, 2000). A sua inclusão na dieta ainda mostrou um efeito interessante de estimular o apetite através do aumento da palatabilidade (Close, 2000; Doyle, 2001, Wenk, 2006). Dado este amplo expectro de efeitos, os extratos de plantas devem ser considerados um dos principais candidatos para ser melhor estudados e empregados no que diz respeito não somente ao desmame dos leitões mas também em outros problemas na criação de animais (Kamel, 2001).
Neste sentido, os óleos essenciais (OE), extraidos das plantas de origem principalmente através do processo de destilação. são preferentemente usados na produção destes aditivos, pois neles estão concentrados os principios ativos das plantas (Windisch et al., 2008). Estima-se que atualmente são conhecidos mais de 3000 OE dos quais aproximadamente 300 (ver Tabela 1 com alguns exemplos), são comercialmente importantes tanto para a indústria de fragâncias e aromas, como para a produção de aditivos para animais (Van de Braak e Leijten, 1999). Além disso, a indústria de produção de OE representa um importante e crescente mercado. Por exemplo, na União Européia sua produção em 1996 era de 60 ton (Greathead, 2003) e em 10 anos apresentou um crescimento de 10 vezes (Brenes e Roura, 2010).

Tabela 1. Lista de principais componentes de alguns OE de interesse (adaptado de Máthé, 2009; Brenes e Roura, 2010).

Fig 01

Entretanto a produção de OE é extremamente difícil de controlar, já que a concentração, a qualidade e a composição dos principios ativos são altamente influenciados por fatores ecológicos e condições climáticas (solo, nutrientes, água, luz e temperatura), assim como pelo tipo de planta cultivada e principalmente pelos modos empregados para seu processamento e isolamento dos principios ativos (Máthé, 2009). Provavelmente por esta razão, existam uma ampla variabilidade de resultados controversos obtidos por estudos científicos que examinaram os efeitos destas substâncias na nutrição animal. Por isso é de extrema necessidade por parte da indústria, a seleção dos extratos de plantas mais efetivos; a homogeneidade que garanta a padronização e a qualidade final dos OE; bem como a pesquisa constante por possíveis efeitos benéficos com a combinacao de multiplos extratos (Budzinski et al., 2000, Oetting et al., 2006) ou possiveis efeitos maléficos e tóxicos (Di Pasqua et al., 2007).

A dificuldade em manter padrões de qualidade dos produtos, fez com que muitos destes aditivos atualmente disponíveis no mercado, tenham em sua fórmula produtos idênticos aos naturais para garantir os níveis mínimos de princípios ativos e parece ser que apresentam os mesmos efeitos que as naturais, com a vantagem de um preço mais reduzido e de um produto mais estável (Applegate et al., 2010).
Como mencionado anteriormente, existe um grande interesse por aqueles OE com características bactericidas, já que acredita-se ser um dos principais modos de ação para modular a microbiota intestinal (Dorman e Deans, 2000). Existe uma ampla variedade de estudos que avaliaram esta capacidade, sendo a grande parte deles testados in vitro (Rota et al., 2004). Nestes estudos foram traçadas diversas comparações entre os OE e a concentração mínima inibitória de crescimento de diferentes cepas bacterianas selecionadas (ver Tabela 2 com alguns exemplos). Neles pode-se observar que de maneira geral as bactérias Gram negativas são mais resitentes que as Gram positivas (Chao et al., 2000).

Tabela 2. Concentração mínima inibitória de alguns OE (adaptado de Chao et al., 2000; Brenes e Roura, 2010).

Fig 02

Fig 03

 

Bc = Bacillus cereus; Sa = Staphylococcus aureus; Sf = Streptococcus faecalis; Ec = Enterobacter cloacae; Esc = Escherichia coli; Pa = Pseudomonas aeruginosa
(-) = ausência de inibição. * Quanto maior a zona de inibição, maior potencial bactericida.

 

Porém existem diferenças significativas de estudos in vitro para estudos com os animais, onde a digestão joga um papel importante. Além disso, outro ponto a ser controlado é o fato de que vários estudos de biodisponibilidade e farmacocinética demonstram que os OE possuem uma rápida taxa de absorção e metabolismo (Kohlert et al., 2000), o que limitaria a disponibilidade luminal destes compostos para ter sua atividade antimicrobiana e poderia também explicar a alta variabilidade de resultados obtidos. Entretanto, este efeito direto na microbiota intestinal pode ser melhorado através de processos tecnológicos como o microencapsulamento, que permite uma liberaçao controlada ao longo do trato gastrointestinal e portanto aumentaria sua disponibilidade luminal no ileo e colon (Meunier et al., 2006, 2007). Esta tecnologia ainda pode ser usada para evitar efeitos deletérios como a irritação da mucosa na manipulação destes produtos e um possível efeito adverso no consumo de alimento dos animais devido a sabores desagradáveis (Piva et al., 2007).

Na tabela 3 se apresenta um resumo de alguns resultados experimentais feitos recentementes com a inclusão de aditivos a base de plantas em dietas de suínos. A partir destes resultados e da revisão de literatura de Windisch et al. (2008), quando comparados aos APC e ácidos organicos estes aditivos poderiam ter um efeito modulatório relevante em variáveis do processo digestivo, como na microbiologia, fermentação, digestibilidade de nutrientes, morfometria do tecido intestinal e imunidade local.
Porém, apesar de todos estes modos de ação descritos, ainda existe a necessidade de evidenciar os mecanismos pelos quais cada OE age por separado (Windisch et al., 2008; Brenes e Roura, 2010), visto que muitos dos trabalhos in vivo usaram misturas de distintos OE. Apenas alguns deles, por exemplo demonstraram que o timol e o carvacrol são capazes de desintegrar a membrana de bactérias Gram negativas, liberar a superficie lipopolisacaridea e aumentar a permeabilidade da membrana que acarreta em morte bacteriana (Helander et al., 1998; Xu et al., 2008), mas a maioria deles ainda se desconhece seu mecanismo completo de ação.

Como conclusão geral, de acordo com a opinião de muitos profissionais envolvidos na pesquisa e aplicação destes aditivos, acredita-se que os resultados obtidos a campo com o uso de extratos de plantas não serão capazes de substituir totalmente a resposta encontrada com os APC, principalmente nas fases iniciais onde o desafio é maior. Portanto deve-se ainda encontrar mais evidências práticas e científicas para confirmar seu benefício aparente na melhoria do desempenho de suínos (Jacela et al., 2010) ou buscar a combinação de aditivos eubióticos que gere o melhor custo x benefício e seja mais uma ferramenta eficiente no controle de doenças dos animais.

Tabela 1. Extratos de plantas na alimentação de suínos (adaptado de Vondruskova et al., 2010)

 

Fig 04

 

ACIDIFICANTES


São compostos que possuem a capacidade de baixar o pH de uma solução, podendo ser inorgânicos ou orgânicos (ver tabela 4, com características fisico-quimicas de alguns acidificantes, ordenados por seu peso molecular). Os ácidos orgânicos são amplamente distribuidos na natureza como constituintes de tecidos animais e vegetais, eles ainda podem ser formados a partir da fermentação microbiana de carboidratos predominantemente no intestino grosso dos suínos (Partanen e Mroz, 1999). Já os ácidos inorgânicos (o exemplo mais empregado é o ácido fosfórico) são considerados de mais baixo custo e podem ser associados aos orgânicos para obter sinergismo de efeitos (Jacela et al., 2009). Porém, os orgânicos correspondem a grande maioria dos acidificantes comercialmente disponíveis e testados por serem ácidos mais fracos, menos corrosivos e potencialmente menos tóxicos que os inorgânicos. Portanto este trabalho se centrará mais na apresentação dos resultados destes,
A pesquisa com o uso de acidificantes foi bastante focada em animais jovens, pois segundo Maxwell e Carter (2001), o sistema digestivo de leitões recém-desmamados não é suficientemente desenvolvido para superar o desafio da transição de dietas líquidas (leite materno) para a sólida (cereais farelados), sendo fisiologicamente imaturos por não produzirem suficiente ácido clorídrico (HCl) e assim manter o pH em níveis ótimos (aproximadamente 3,5). Neste pH, a digestão proteica e o crescimento de populações benéficas de bactérias (lactobacilos) são maximizadas e as possíveis bactérias patogênicas são inibidas. Além do desmame, outra fase importante a ser considerada para o emprego de acidificantes é o das fêmeas em fase de gestação/lactação onde se busca a redução do pH urinário para assim inibir o crescimento de bactérias patogênicas que podem causar infecções urinárias (Kluge et al., 2006).
Na tabela 4 se apresenta alguns dos ácidos orgânicos mais comumente empregados na alimentação de suínos. Pode-se observar que a maioria deles se apresentam na forma líquida e, por isso, de mais dificil inclusão na dieta, já as suas formas em sais e alguns como o cítrico e o benzóico se apresentam na forma sólida, são menos corrosivos e também foram descritos por seu possível potencial de melhorar o desempenho e conversão alimentar de leitões recém-desmamados (Overland et al., 2000; Paulicks et al., 2000; Kluge et al., 2006; Torrallardona et al., 2007).

Tabela 4. Algumas propriedades fisico quimicas dos acidificantes organicos e seus sais mais comumentes empregados em dietas de suínos (adaptado de Mroz, 2005).

Fig 05

 

Nesta tabela também pode ser observado uma comparativa das diferentes constantes de dissociação, que define-se pelo valor de pH no qual metade das moléculas ácidas estão na forma dissociada (Partanen e Mroz, 1999). Isto é importante e pode dar um valor indicativo (junto com a capacidade de redução do pH), de seu possível poder ant-bacteriano, pois sabe-se que os acidificantes são lipossolúveis em sua forma não dissociada, deste modo são capazes de se difundir internamente nas célúlas das bactérias, onde eles se dissociam e interferem na produção de ATP e no trasporte de nutrientes para dentro da célulás, acarretando na morte bacteriana (Partanen et al., 2001).
Por último, na tabela 4 também apresenta-se as caraterísticas aromáticas de cada ácido. É um ponto importante a ser avaliado, pois se um ácido possui um odor irritante, repulsivo e com sabor predominantemente azedo, como por exemplo o ácido fórmico e o propionico, podem interferir na palatabilidade e consumo de ração. Enquanto que por outro lado, o ácido lático e o butírico podem ser bastante atrativos aos leitões, por apresentarem um odor lácteo (Fireman, 2010).

Uma estratégia utilizada pela indústria de acidificantes que visa o aumento da efetividade ao longo do trato gastrointestinal e que pode além disso reduzir o dano corrosivo das instalações é o uso de formas de liberação lenta do ácido. Na maior parte das vezes, consiste na microencapsulação com ácidos graxos de cadeia média e curta, misturados para formar um microgranulo (Doyle, 2001; Piva et al., 2007). Tal tecnologia pode ainda reduzir o impacto observado com o uso de fomas livres de ácidos orgânicos, onde se observou uma redução no número de células parietais secretoras de HCl e um aumento de células secretoras de somatostatina, ambos acarretando em uma reução na secreção gástrica de HCl (Bosi et al., 2006)
Dentre os benefícios sugeridos com a pesquisa da inclusão de acidificantes e seus sais nas dietas de suínos, estão aqueles relacionados com as propriedades antimicrobianas de seus cations e anions, descritos anteriormente (Partanen, 2001). A redução da carga bacteriana pode consequentemente, gerar uma melhora na saúde gastrointestinal. Resultando um aumento no crescimento dos animais por aumento no consumo e melhora na conversão alimentar (Giesting et al., 1991; Overland et al., 2000), pode ainda reduzir a incidencia e severidade da diarréia dos animais (Tsiloyiannis et al., 2001; Owusu-Asiedu et al., 2003), ou para controlar a contaminações e infecções por Salmonella spp. através da ração de (Creus et al., 2007). Além de também ser utilizados para preservar grãos com alta umidade e como inibidores do crescimento fúngico na ração (NRC, 1998).

Embora a eficiência dos acidificantes foi demonstrada em inúmeros estudos e revisados intensamente (Mroz et al., 2005; Jacela et al., 2009), as repostas de uma maneira geral tem sido incosistentes. Porém nestes estudos são apontadas a influência de algumas importantes variáveis que podem explicar alguns resultados controversos, como: os diferentes tipos e combinações de acidificantes usados; as dosagens empregadas; as formas de aplicação; tipo de dieta; idade dos animais e as condições meio-ambientais em que o experimento foi realizado. As diferenças encontradas principalmente no desempenho dos animais pode ainda ser devido a capacidade tamponante dos diferentes ingredientes da ração (Blank, 1999). Como já descrito que a capacidade tamponante ácida é mais baixa nos cereais e seus sub-produtos; intermediária ou alta em ingredientes proteicos; e muito alta em fontes minerais, com exceção do fosfato mono e bicálcico (Mroz et al., 2005).

Atualmente, existe uma grande variedade de estudos que relatam os efeitos positivos do uso de butirato de sódio, que é preferentemente utilizado na alimentação de suínos por seu odor mais suave quando comparado a forma ácida líquida e por seu conhecido efeito benéfico na mucosa do cólon (Hamer et al., 2008, Fireman, 2010). Além disso foram observadas melhora na performance produtiva dos animais (Castillo et al., 2006; Manzanilla et al., 2006).
Outro acidificante amplamente estudado é o ácido benzóico, devido a sua elevada capacidade bactericida Em um estudo comparativo dos diferentes ácidos orgânicos, observou-se por exemplo que o ácido benzóico apresentou um efeito superior aos outros testados na inibição do crescimento tanto de
bactérias ácido láticas como de coliformes no estomago e conteúdo intestinal (Knarreborg et al., 2002). Outro trabalho recente apresentou seu poder bactericida frente a Salmonela spp. (Paulus et al., 2011). Portanto parece ser que este acidficante apresenta um marcado poder bactericida em toda a microbiota intestinal, como foi já comprovado em diferentes experimentos in vivo e que acabaram refletindo em um aumento significativo na performance produtiva (Maribo et al., 2000. Kluge et al., 2006; Torrallardona et al., 2007).

Convém destacar, outro efeito importante com o uso do ácido benzóico, que é sua capacidade de reduzir o pH dos dejetos dos suínos. Este efeito é baseado na transformação metabólica da parte anionica do ácido benzóico que é eliminado na urina na forma de ácido hipúrico, reduzindo o pH (Mroz et al., 2000; Kluge et al., 2006). Esta acidificação da urina pode contribuir para inibir a bacteriuria vaginal e vesical, reduzindo as possibilidades de infecções urinárias, além de diminuir a volatização da amonia no meio-ambiente através dos dejetos (Hendricks et al., 1997).
De maneira geral, os relatos científicos apoiam o uso de acidificantes em dietas de suínos, devido ao seu interessante potencial em aumentar a performance produtiva pela melhoria no processo digestivo através de diferentes mecanismos de ação que ainda necessitam ser mais elucidados. Entretanto, seu uso parece ser mais benéfico em animais jovens na fase de transição do desmame para controle de patologias entéricas (Mroz, 2005; Jacela et al., 2009), além de seu papel no controle e prevenção de infecções urinárias (Kluge et al., 2006).

 

CONCLUSÕES

A busca pela saúde intestinal através de aditivos eubióticos ainda é muito recente. Percebe-se que ainda necessitamos evidenciar e conhecer como alguns componentes da dieta podem influenciar o ambiente gastrointestinal e a fisiologia dos animais para garantir a produtividade do setor.
Portanto, existe ainda um promissor caminho pela frente a ser seguido para aqueles que visam a criação de animais mais saudáveis, com o mínimo impacto ao meio ambiente e que garantam a segurança alimentar dos consumidores.

 


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