Autor : Otto Mack Junqueira e
J. F. Lui do Departamento de Zootecnia da Universidade
Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP - SP; Aníbal
de Sant'Anna Moretti do
Departamento de Exploração Animal da Universidade de São Paulo - USP - SP; L.F. Araújo do Departamento de Zootecnia da USP - SP, e E.L. Lopes do Departamento de Zootecnia da Universidade
Federal de Goiás - UFG - GO.
INTRODUÇÃO
Uma prática que
hoje se apresenta bastante difundida, principalmente nas pequenas propriedades
no sul do Paraná e Santa Catarina, tem sido o uso da silagem de grão úmido de
milho. Esta silagem é um sistema de armazenamento de grãos na propriedade rural
onde os suínos são criados, consistindo na colheita do grão com alto teor de
umidade (
O objetivo do
presente experimento foi o de avaliar o desempenho e as características de
carcaça de suínos submetidos a diferentes rações contendo silagem de grão úmido
de milho de alto valor energético (MAV), em relação ao milho comum.
Palavras-chave: milho comum seco, silagem de grão úmido de milho, suínos
MATERIAL
E MÉTODOS
Um experimento
foi conduzido compreendendo as fases de creche (
O primeiro tratamento consistiu de uma ração com milho comum seco
contendo 3.350 kcal E.M./kg e 88,3% de matéria seca e
as outras cinco rações foram formuladas com a silagem de grão úmido de milho de
alto valor energético, o qual continha 2780 kcal E.M./kg
na base da matéria natural e 3776 kcal E.M./kg com
base na mesma matéria seca do milho comum fornecido seco. A partir do segundo
tratamento, os níveis energéticos das rações foram acrescidos de 40 kcal E.M./kg O milho na forma de silagem substituiu o milho seco
nas rações com base na mesma matéria seca e os níveis energéticos foram
aumentados com adição de óleo de soja.
A silagem do
grão úmido de milho com alto valor energético (silagem MAV ) foi fornecida com
58,5% de matéria seca. As rações, dentro de cada uma das fases experimentais,
foram formuladas para conter milho comum (ração 1) e silagem de milho (rações
2, 3, 4, 5, e 6), como alimentos energéticos, farelo de soja como protéico,
fosfato bicálcico, calcário calcítico,
sal comum e um suplemento de vitaminas, microminerais
e aditivos.
O delineamento
experimental foi o inteiramente casualizado
envolvendo seis tratamentos, com 8 repetições ( 4 de machos e 4 de fêmeas ) e 4
animais por repetição. Em caso de significância estatística, as médias foram
comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
Os parâmetros avaliados foram: ganho de peso, consumo de ração, conversão
alimentar e características de carcaça.
RESULTADOS
E DISCUSSÃO
Os resultados
obtidos para o desempenho dos animais, encontram-se na Tabela 1.Como pode ser observado, no início do experimento quando
os animais atingiram os 42 dias de idade, os pesos foram bastante homogêneos,
com média de
Com relação às
fêmeas, o pior tratamento foi o 5, cuja ração continha 3140 kcal E.M./kg. Quando se analisa as médias obtidas para machos e
fêmeas, pode-se observar que os melhores ganhos foram aqueles obtidos pelos
animais que receberam a silagem de grão de milho úmido, à exceção do tratamento
5 , cujos animais se comportaram de maneira semelhante
aqueles que receberam o milho comum na forma de grão com 88,3% de matéria seca.
De acordo com (1), os ganho de peso e a conversão
alimentar foram melhores, quando os suínos nas fases de crescimento e
terminação receberam a silagem de grãos úmidos, comparados com aqueles
alimentados com milho seco.
Como pode ser
observado, de maneira geral, ocorreu um maior consumo por parte dos animais que
receberam a dieta contendo o milho comum, o que pode ser observado nas duas
primeiras fases do experimento. Na fase total, de
Da mesma
maneira como ocorreu com o consumo de alimento, as conversões se mostraram melhores em todos os tratamentos cujos animais
receberam a silagem de grão úmido. Na fase de terminação as diferenças foram
menos acentuadas, porém, mesmo assim, houve uma tendência de pior conversão
quando os animais receberam a ração contendo o milho comum. Analisando-se o
período experimental total, pode-se observar que pior conversão foi aquela por
parte dos animais que receberam a ração contendo o milho comum.
Ao contrario,
as melhores conversões foram aquelas obtidas através
das rações contendo o milho de alto valor (MAV).Os achados na literatura
permitem concluir as razões pelas quais, neste experimento, a silagem de grão
úmido resultou em melhores resultados. (5) avaliando o uso da silagem de grãos
úmidos de milho, relataram melhor digestibilidade
deste alimento, quando comparado com o milho em grão seco. (4) concluíram que a
fermentação anaeróbica, ocorrida durante o processamento da silagem de grãos
úmidos, propicia um produto com maior disponibilidade de energia para suínos do
que o milho em grão seco. Segundo (4), o emprego do milho na forma de silagem
de grão úmido em rações para suínos tem sido uma alternativa para a armazenagem
de grãos na propriedade.
CONCLUSÕES
Pode-se
concluir que o ganho de peso dos suínos foi superior quando os mesmos foram
alimentados com silagem de grãos úmidos de milho (MAV) na fase de