Informativo
Técnico N º
208
Rastreabilidade
Suína.
O próximo desafio do setor.
É cada vez mais freqüente que os grandes frigoríficos exijam que os suínos
sejam produzidos em processos definidos e controlados, para assegurar a sua
qualidade.
A segurança
alimentar e a imagem da marca são as duas forças atrás do interesse na
rastreabilidade da carne suína. Um sistema de rastreabilidade contém elementos
de identificação de animais e localidade, um banco de dados central e um
processo de verificação. Rastrear produtos à base de carne suína envolve
alguns desafios únicos. Primeiro. O suíno é “ formado” em múltiplas
granjas, que utilizam insumos tais como: genéticas, rações e vacinas oriundas
de múltiplas fontes. Então, no abate, a carcaça é espostejada e as
diferentes partes enviadas a múltiplos varejistas em peças inteiras, ou em
produtos misturados.
O interesse de um governo na
rastreabilidade
provém. Tipicamente, do desejo de assegurar que a indústria animal de
seu país seja protegida de efeitos devastadores de doenças tais como: Febre
Aftosa, ou tranqüilizar os clientes de mercados internos e externos de que o
alimento é seguro para a compra e consumo e que foi produzido em sistemas que
atendam ao bem-estar animal.
Uma empresa comercial, por seu
lado, está interessada na rastreabilidade por outras razões. Primeiro, pelo
desejo de controlar
e assegurar a qualidade e o valor dos seus produtos. Um sistema de
rastreabilidade dá a uma empresa a confiança de divulgar informações sobre a
origem dos seus produtos. Segundo, um sistema de rastreabilidade ajuda uma
empresa a se proteger em casos de reclamações quanto a qualidade do produto:
ela pode, rapidamente, verificar de onde veio o produto e
corrigir o problema.
É cada vez mais freqüente que os grandes frigoríficos exijam que os suínos
sejam produzidos em processos definidos e controlados; validado por auditoria
terceirizada. As exigências podem incluir, por exemplo, um sistema definido de
produção ( ex: Fêmeas fora de gaiolas), um sistema definido de alimentação
( ex: Ração isenta de farinha de carne e osso ), ou genética definida ( ex:
uso de machos Duroc). Estas definições habilitam o frigorífico a elaborar
programas de marketing que agreguem valor à carne suína.
Duvidas – As perguntas que os
sistemas de rastreabilidade objetivam responder são geralmente do tipo:
“ Quem é você”?
e “De
onde você vem”?
Tais sistemas incluem: um método
para identificação individual ou grupo de animais; um método para identificação
de sítios de produção; uma espécie
de passaporte que acompanha o animal ou grupo; um banco de dados registra
identidades, locações, eventos e datas.
Entretanto, para que um sistema
de rastreabilidade permaneça confiável, deve também estar amparado por
sistemas de verificação
designados para responder à perguntas:
“Você é quem diz ser”?
e “Você vem de onde diz vir”?.
Não há, ainda, padrões
estabelecidos ou definidos, nacional ou internacionalmente. Há vários sistemas
competitivos, porém, nenhum deles oferece uma solução completa.
Passaportes, brincos, tatuagens,
transponders, medidas biométricas e códigos de barra são todas tecnologias
que objetivam permitir que a movimentação de um animal e dos seus produtos
sejam rastreada durante o seu percurso na cadeia da carne suína. Os sistemas
que requerem análises laboratoriais, no entanto podem ser usados como um
sistema de verificação. Eles servem para checar se o sistema de
rastreabilidade está funcionando ou se as garantias de qualidade são
verdadeiras.
Embora sistemas de
rastreabilidade já estejam operando na indústria de carne bovina, ainda
permanece incerto qual será
a tecnologia ou sistema de rastreabilidade para suínos. Cuidados devem
ser tomados na montagem de um sistema, não apenas para manter custos baixos,
mas também para proporcionar as respostas que a indústria deseja.
Por exemplo,
com suínos, pode não ser necessário conhecer identidades individuais, já que
grupos de suínos podem ser identificados. Entidades governamentais continuarão
tentando introduzir esquemas de rastreabilidade voltados às questões
associadas com a biosegurança do país, segurança alimentar e o bem-estar do
animal. Empresas
privadas estarão mais preocupadas com os
sistemas de rastreabilidades que agreguem valor aos seus produtos ou que
protejam em caso de questões relacionadas à
qualidade do produto.
Tecnologias
disponíveis continuarão sendo desenvolvidas e seus custos continuarão a cair.
O custo da produção de carne suína está diminuindo em proporção ao valor
total de produtos vendidos – em forma crescente, mais valor esta sendo
agregado à carne suína a partir do momento em que o animal sai da granja.
Fortes marcas
comerciais estão sendo cada vez mais aplicadas a estes novos produtos. Uma
imagem de marca, ou até empresas inteiras, podem ser destruídas por um só
simples “ recall ” de produto ou a descoberta pelos consumidores que as
afirmações de marketing no rótulo da embalagem não correspondem com a
verdade.
A utilização
de DNA como sistema de verificação de qualquer sistema de rastreabilidade
oferece um mecanismo único de controle de qualidade para sustentar uma forte
imagem de marca.
Guy
Prall.
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