Informativo Técnico Nº. 305
Canibalismo da Porca Lactante




Este comportamento anormal, VÍCIOS, que ocorrem em animais confinados; não são observados e animais selvagens, ou domésticos  criados soltos.

 

Portanto chega-se a conclusão que erros de manejo, alimentação, ambiente, possam ser predisponentes ao aparecimento destes casos, em criações confinadas. Observa-se com mais frequência em primíparas, sendo detectado o problema raramente em multíparas.

A agressividade da porca durante ou logo após o parto, onde elas atacam os leitões, quando tentam mamar, machucando-os. Ou matando com mordidas, e mais raramente devora-los.   Separamos em duas ocorrências diferentes. Canibalismo da Porca Lactante, quando ataca os leitões, mata e come. E Histeria pós parto, quando ataca e mata.

Muito raramente observamos este comportamento repetitivo em outros partos, se forem corrigidos os fatores predisponentes, e quase sempre um problema individual. Quando temos maior número de fêmeas envolvidas nesta ocorrência, seguramente temos fatores graves que estão predispondo ao problema.

As causas de agressividade ou histeria pós parto, bem como canibalismo da porca  lactante, são praticamente as mesmas, uma vez que o canibalismo, neste caso ocorre logo a seguir aos ataques de histeria.

 

Condições desfavoráveis, podem  conduzir ao comportamento anormal, dores durante o parto ou medo anormal em relação ao leitão nascido.

 

Normalmente a maioria dos casos, se observa quando o primeiro leitão após o nascimento,  vai até a cabeça da femea. Ou quando se prende os leitões por muito tempo, esperando o termino do parto, para soltar os leitões para mamarem. Ocorre com mais frequência onde não é dada nenhuma assistência ao parto.

 

Fatores predominantes:

 

Ambiente quente, barulho, movimentação de pessoas na frente da porca.

Ambiente excessivamente iluminado, sol, etc.

Ambiente sujo, molhado, úmido.

Baixo consumo de água, e agua quente nas fases de gestação e lactação.

Rações com baixo nível de fibra, nas rações reprodução.

Rações produzindo estress calórico.

Milho com granulometria muito fina nas rações reprodução.

Excesso de ração nos dias que antecedem ao parto.

Rações desbalanceadas na gestação.

Leitões muito grandes, pesados. Acima de 2 Kg “estes” cortar os dentes imediatamente ao nascer.

Partos demorados.

Ocorrência de mamite.

Mudança de ambiente no dia do parto.

Manejo inadequado da matriz.

Falta de Higiene.

Intervenção no parto.  

Presença de pessoas estranhas no momento do parto.

 

No momento do parto, se a matriz apresentar histeria.

Dar um banho, na matriz ( sem molhar leitões )

Aplicar azaperone, 2,0 mg por Kg de peso vivo, aplicar ocitocina.

Fazer bastante massagens no aparelho mamário, segurar os leitões, para na irem na frente da porca, e segura-los mamando.

Devemos estar atentos e acompanhar os partos, pois é difícil prever se uma matriz vai atacar os leitões, se bem que elas podem apresentar sintomas de irritabilidade, e intranquilidade, com grunhido, rápidos, fica deita, e levanta a todo momento, assusta com movimentos no local. Que deve estar silencioso.




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