Suinocultura
S.O.S. Suínos
Informativo técnico 31.
Importância do peso do suíno ao nascer.
De uma maneira enfática as literaturas descrevem vários aspectos relacionados ao peso da leitegada ao nascer. Mesmo assim alguns suinocultores nos questionam se os baixos índices de peso ao nascer são conseqüências de: genética, manejo, alimentação ou de ambiente.
Meta.
Em média devemos esperar aproximadamente de 15 a 16 Kg de leitões saudáveis por leitegada. Assim sendo, 12 leitões vivos, devem ter como média individual 1.3 Kg.
Uma leitegada de 16 a 19 Kg também e possível, levando esta média de peso para 1.4 a 1.6 Kg. Na pratica, médias iguais ou inferiores a 1.2 Kg de peso por leitão nascido vivo podem ser indicativos para algumas preocupações, como também a observação freqüente de leitegadas com variações de pesos superiores a 500 gramas entre o maior e o menor leitão da mesma leitegada.
Causas do baixo peso da leitegada ao nascer.
O baixo peso da leitegada ao nascer põe em riscos as chances de sobrevivência dos leitões. Do mesmo modo, leitões com peso próximo a 1.3 a 1.4 Kg de peso tem maiores chances de sobrevivência. Algumas causas de baixa média de peso ao nascer são muito conhecidas, enquanto outras ainda continuam sendo estudadas.
Condições físicas da matriz por ocasião do parto.
Uma super alimentação da matriz durante o período de gestação pode causar leitões mais pesados ao nascer (o que pode ser perdido pela dificuldade de parição da fêmea), e uma subnutrição da fêmea poderá consequentemente causar leitões com baixo peso ao nascer (e muito fraco para sobreviver e competir).
Proporcione as matrizes nos últimos 30 dias de gestação que antecedem ao parto uma condição de alimentação pré-parto que vise dotar a matriz de uma reserva corporal, para suportar com facilidade o período de lactação e termos leitões mais pesados ao nascer.
O ideal seria que as matrizes não perdessem mais do que 15% (quinze por cento ) do peso entre o dia do parto e o dia da desmama, considerando o peso dos leitões, líquidos, placenta etc...; e que pudessem chegar a desmama; e 4 a 5 dias após estejam apresentando cio e sendo cobertas novamente.
Desmama precoce.
Uma matriz apresentara algumas (talvez muitas) dificuldades de recuperar a superfície uterina para uma receptividade total dos ovos fertilizados se o desmame for muito precoce (16 a 17 dias)ou (possivelmente ? ) se a matriz tiver perdido condições físicas muito rapidamente durante os 20 a 21 dias de lactação. Assim sendo, parte da superfície não estará ainda pronta para fixar e dar condições adequadas aos blastocitos, o que poderá afetar mais tarde o tamanho do embrião pela irregularidade dos espaços uterinos.
Stress após serviço.
É outra área desconhecida. O balanço hormonal estão em uma situação muito delicada à 4 semanas após cobertura. Desconforto neste período poderá interferir no desenvolvimento embrionário. Não sabemos como (ou se) cuidados subsequentes para a matriz prenha equalização os distúrbios para sobrevivência embrionária e perturbações dos tecidos.
Genética.
Peso ao nascer tem fator de hereditariedade baixa (10%) comparada com características anatômicas, como comprimento da carcaça (59%), ou comprimento das pernas (65%). Contudo o comprimento uterino (no inicio da gestação) mais especificamente o potencial de expansão dos cornos uterinos demonstram afetar mais tarde a sobrevivência embrionária em matrizes prenhas, e poderá influenciar o peso ao nascer diretamente. Mesmo assim, a influencia genética ainda aparenta ser pequena.
Uso de prostaglandina.
A utilização de prostaglandina para a indução do parto 01 a 02 dias antes do parto previsto, influencia diretamente no peso ao nascer, uma vez que o feto pode crescer de 80 a 110 gramas por dia no período final de gestação.
Alimentação pré-parto (30 dias antes do parto).
Na pratica isto contribui mais significativamente quando o peso médio ao nascer estão abaixo do recomendado devido às condições físicas inadequadas na gestação a partir do 84º dia de cobertas, ou em matrizes que tem histórico de grandes leitegadas. Alem de outros objetivos: aumentar a produção de leite bem como o conteúdo de gordura deste.
Controle ambiental durante o parto.
A manutenção do ambiente de maternidade com temperaturas baixas leva o leitão imediatamente após o nascimento à perda excessiva de reserva (energia), levando os leitões a letargia.
Numero de leitões ao nascer.
Leitegadas superiores a 15 leitões, normalmente tendem a ter peso médio individual inferior a leitios oriundos de leitegadas de 12 leitões.
Estagio reprodutivo da matriz.
Normalmente fêmeas primíparas ou matrizes velhas de 6º a 7ºpartos tendem a produzir leitões mais leves.
Período do ano.
Durante as estações mais quentes (Verão) o parto é antecipado em média 1 a 2 dias, isto normalmente leva a uma redução do peso ao nascer.
Fatores nutricionais.
Recentemente tem sido observado que a limitação no consumo de água (temperatura, palatabilidade, disponibilidade ou a presença de agentes orgânicos ou químicos ), que inibam o consumo, bem como a presença de fungos, (micotoxinas) nas rações ou matérias prima, predispõe ao nascimento de leitões fracos.
