S.O.S. Suínos

Informativo Técnico nº 84

SUINOCULTURA

 

Produção das Rações na Granja.

 

O custo de produção de um suíno, 70 a 80%  é ALIMENTAÇÃO; e a única forma de diminuir este custo é produzindo suas próprias rações.

 

Utilizando formulações adequadas, uso de ingredientes disponíveis na sua região. O desempenho dos animais, está diretamente relacionado à qualidade das matérias-primas; e um programa nutricional moderno.

 

Alguns aspectos relevantes, como: armazenamento, granulometria, pesagem e mistura dos ingredientes; influenciará diretamente na qualidade da ração pronta.

 

Um dos fatores de maior importância na produção das suas rações na granja, está relacionado a moagem  dos grãos, como: milho, sorgo, milheto, quirera de arroz, farelo de soja; entre outros; pois a granulometria adequada ( tamanho das partículas )  pode melhorar próximo de 7% a economia de ração, para cada animal produzido. As partículas de cada ingrediente, na granulometria certa, além de melhor conversão alimentar, teremos menos problemas de úlceras gástricas.

 

TABELA 1 Sugestões de peneiras para moagem de matérias-primas, nas diferentes fases de produção dos suínos.

 

Fases                                       Furo das peneiras.

Pré-inicial                                     1,0      mm

Creche                                           1,5     mm

Recria e terminação                     2,0     mm

Reprodução                                   3,0    mm

 

Na tabela  acima temos um referencial, do diâmetro do furo; das peneiras para produção das rações para suínos. Devemos considerar, fatores que afetam diretamente a obtenção de ingredientes na granulometria adequada, independente do diâmetro da peneira: Umidade da matéria-prima, conservação das peneiras; tipo de equipamento, área superficial da peneira, estado de conservação e números de martelos, rotação, potencia do motor, velocidade de alimentação do moinho.

Lembrar ainda que a moagem de matérias-primas muito  finas, demanda maior gasto de tempo, energia elétrica, e consequentemente maior desgaste de equipamentos. 

É importante monitorar constantemente a granulometria das nossas matérias primas, dentro do nosso sistema de produção.

Outro fator de grande importância é a pesagem  individual, dos ingredientes; que deverá ser rigorosa, de acordo com a formula em produção. Todos componentes de cada formula deverão ser pesados com exatidão; em balança periodicamente calibrada; antes da alimentação do misturador, e ainda utilizar a capacidade máxima do misturador, de acordo com VOLUME e PESO. Observando que rações com alto nível de fibra ( farelo de trigo, arroz, ) rações reprodução tem maior volume, se encher muito o misturador, prejudica a mistura, e teremos uma ração de péssimo desempenho.

 

A qualidade da mistura de uma ração, estará relacionada, a alguns aspectos: Tipo de misturador;  volume e peso, dentro da capacidade do equipamento, sequencia de carregamento do misturador, tempo de mistura, velocidade do misturador, misturador instalado nivelado, e uso de aterramento, manutenção preventiva dos misturadores.

 

TIPO DE MISTURADOR: alem dos misturadores horizontais, com heliciodes;  palhetas; temos os misturadores verticais, misturador planetário 45 graus, misturador planetário 90 graus, misturador taça, e misturador Y e duplo Y. Não existe misturador melhor ou pior, cada um para seu fim especifico, a que se destina.

 

VOLUME E PESO: dentro da capacidade de cada misturador, observar recomendação explicita do fabricante.

 

SEQUENCIA DE CARREGAMENTO: Antes de iniciar o carregamento, devemos estar com todos os ingredientes, pesados, e prontos para iniciar o carregamento; que deve ser o mais breve possível. A sequencia de carregamento do misturador pode melhorar a qualidade da mistura obtida, recomendamos que inicie colocando metade do milho, e ou o ingrediente de maior inclusão na formula, a seguir o farelo de soja, farelo de trigo, os núcleos, suplementos, premix, medicamentos, promotores, antibióticos, e a seguir o restante do milho, e ou outros ingredientes. Observar que os produtos de menor inclusão como medicamentos, vitaminas,  promotores, sal branco;  antibióticos, e premix, deverão ser previamente misturados em pelo menos 10 kg de milho moído fino  (fazer uma pré-mistura ) antes de colocar no misturador.

 

TEMPO DE MISTURA:   Observar a recomendação especifica de cada equipamento junto ao fabricante, normalmente os misturadores, tem um tempo ótimo de mistura da seguinte ordem:

 

Equipamento.                                  Tempo de mistura minutos.

 

Misturador Horizontal                              3 minutos

Misturador Vertical                                 12 minutos

Misturador Planetário                               8 minutos

Misturador Taça                                          5 minutos

Misturador Y                                               4 minutos

 

É evidente que a mistura ideal depende de fatores diversos, como densidade da ração, umidade das matérias-primas;  granulometria, qualidade do equipamento, sequencia de carregamento etc. . . .   .

 

A determinação do tempo ideal de mistura de cada equipamento, deve ser feita com supervisão técnica, com uso de marcadores específicos, usando roteiro de monitoria confiável; e coleta de amostras a cada 2 minutos ( 10 coletas ) e analise de laboratório específico.

 

VELOCIDADE DO MISTURADOR, Instalação, Aterramento e Manutenção:  de acordo com especificações do fabricante.

 

MANUTENÇÃO: promover uma manutenção preventiva (mecânica); em helicóides, roscas, pallhetas,  engraxadeiras, rolamentos, correias, depósitos,  Limpar semanalmente as palhetas, e helicóides, de barbantes e outros  materiais, que ficam presos, raspar as paredes internas do misturador, tirando resíduos que ficam grudados internamente. Bater pelo menos 10% da capacidade do misturador de milho em grão, durante 10 minutos, para eliminar sujeiras e detritos que ficam dentro do misturador. Limpar pé de roscas, elevadores e caixas de correias, transportadoras, silos; balanças e; roscas e moegas.

 

Adotar um programa de produção de rações, confiável, com assessoria permanente,  coleta de amostras de ingredientes ( matérias-primas ) e amostras de rações prontas, analises de laboratórios, e comparação de desempenho. Elaboração de planilha de custos, e atualização de formulas, sempre que disponibilizar de novas matérias-primas.

 

Eduardo von Atzingen.                     E-mail:   sossuinos@uol.com.br

( 62 ) 3268-30.16    9605-05.07    8112-77.77

POR 20100213 ENGORPART POR 20100213


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