S.O.S. Suínos

Informativo Técnico nº 95

SUINOCULTURA

CONTROLE DA DIARRÉIA NEONATAL, USO DA VACINA AUTÓGENA TECSA

 

INTRODUÇÃO

 

A infecção intestinal de leitões no período neonatal, com cepas patogênicas de Escherichia coli provoca um quadro severo de diarréia, com curso quase sempre fatal. O Clostridium perfringens causa uma diarréia pastosa, mucosa e de cor amarelada, afetando leitões também na primeira semana de vida. O leitão adquire as bactérias do ambiente ou da mãe. Existem vários fatores de risco como a falta de higiene/desinfecção, má drenagem da urina e fezes da porca; temperaturas baixas, flutuantes e/ou correntes de ar frio, restrições ou dificuldades para que os leitões mamem o colostro e deficiência imunitária da porca.

Para o controle, em primeiro lugar, deve-se identificar e corrigir os fatores de risco (limpeza, desinfecção e manutenção de um ambiente seco e aquecido). O aumento da resistência pela imunização (vacinação) é eficiente e deve-se vacinar a porca para estimular a secreção de imunoglobulinas específicas que serão veiculadas passivamente ao leitão através do colostro e do leite. Em geral, recomenda-se vacinar a fêmea de reposição com duas doses, sendo uma aplicada com aproximadamente 150 dias de vida via subcutânea e a segunda dose 15 a 21 dias após a primeira. As porcas devem ser vacinadas com uma dose, a ser aplicada entre 90 e 105 dias de gestação, via subcutânea.

 

Fig 001

 

Típica diarréia neonatal causada por E. coli (esquerda) e Intestino hemorrágico em leitão com C. perfringens (direita). Fonte: Retirado do site Thepigsite.com.

 

DIFERENCIAIS DAS VACINAS TECSA

 

°       Produto específico para a sua granja;

°       Eficácia;

°       Adjuvantes melhores - rigoroso controle de qualidade;

°       Renovação sistemática de cepas;

°       Alto poder antigênico;

°       Solução integrada para a sua granja;

°       Consultor de plantão para atendê-lo;

°       Preço justo.

 

 Fig 02

PORQUE AS VACINAS AUTÓGENAS TECSA SÃO CONFIÁVEIS

 

1.       Toda vacina TECSA, antes de sua liberação, é testada quanto à inocuidade (ausência de reações adversas).

2.      Toda vacina TECSA, antes de sua liberação, é testada quanto à sua esterilidade (ausência de microorganismos vivos, patogênicos ou não).

3.      Toda vacina TECSA tem, durante seu processo de fabricação, pontos de controle de qualidade.

4.      Todo produto ou insumo utilizado no processo de fabricação tem sua qualidade assegurada antes de compor a vacina TECSA e seu fornecedor é monitorado quanto à qualidade.

5.      Todo insumo de origem animal é de origem controlada para isenção de risco de BSE (Vaca Louca).

6.      Os equipamentos são calibrados e aferidos por empresas reconhecidas e certificadas.

7.      As medidas de biossegurança são rigorosas.

8.      As cepas utilizadas para produção de vacinas TECSA são selecionadas criteriosamente.

  1. Feitas apenas sob encomenda, cada partida de vacina contém o agente agressor específico da granja.

  

COLETA DE MATERIAL PARA PRODUÇÃO DE VACINA AUTÓGENA BACTERIANA

 

Seleção de animais:

A seleção de animais é extremamente importante para a coleta de material para a produção de vacinas autógenas. A qualidade da vacina depende diretamente da qualidade do material coletado.

Os animais selecionados devem estar na faixa etária de risco da doença, não podem estar medicados, e de preferência devem estar com sinais clínicos. Para ter mais sucesso na conduta, deve-se realizar a preparação de animais sentinelas.

 

Procedimentos:

1.      Utilizam-se animais medianos da granja, não podendo ser utilizados animais já refugos. Estes animais selecionados serão mantidos separados nas instalações.

2.      Estes animais são colocados isolados só comendo fubá, sem nenhum tipo de tratamento com antibiótico durante um período de 5 a 7 dias no galpão onde está ocorrendo o problema ou em uma etapa anterior (já que existe o período de incubação do agente).

3.      Após este período, lavar os animais antes de sacrificá-los.

4.      Sacrificar os animais preferencialmente por eletrocussão (choque elétrico). Sangrar o animal por meio do desmembramento.

No caso de vacinas bacterianas, a partir da bactéria isolada podemos produzir quantas doses forem necessárias. O Ministério permite que uma cepa isolada possa produzir vacina por 15 meses, porém é aconselhável realizar renovação de cepa de seis em seis meses (sem ônus para o cliente).

 

Coleta da amostra:

A necropsia e retirada dos órgãos devem ser realizadas, de preferência, sob supervisão de veterinário, assegurando-se os princípios de assepsia e higiene.

De preferência, coletar material de 2 a 3 animais diferentes para aumentar a sensibilidade de se encontrar a bactéria procurada. Todas as coletas para isolamento bacteriano devem ser feitas através de swabs. Caso não tenha swabs disponíveis, enviar o órgão inteiro para o laboratório.

Para se isolar Escherichia coli e/ou Clostridium sp deve-se coletar material direto do reto do animal ou do íleo.

 

 Fig 03

 

O material colhido deve ser acondicionado no tubo com meio de transporte no caso da coleta através de swab, ou em saco plástico virgem no caso de envio de órgão inteiro. Deve-se identificar com o nome da Granja, a data da coleta, contato e telefone. O material devidamente embalado e identificado deve ser remetido ao laboratório sob refrigeração, acondicionado em caixas isotérmica (tipo ISOPOR) com gelo reciclável.

 

 Fig 04

 

CODIGO

EXAMES

PRAZO DIAS

V06

VACINA AUTOGENA CONTRA COLIBACILOSE + CLOSTRIDIOSE

15

S73

DIAGNÓSTICO ENTÉRICO – DIARRÉIA

Amostra: 1 swab retal ou fragmento de alça intestinal

Preservação: Remeter sob refrigeração, sem congelar.

Pesquisa de Escherichia coli, Clostridium perfringens e dificilli e

Salmonella sp com antibiogramas.

5

BIO

HISTOPATOLOGIA – BIOPSIA

Material: Fragmento de intestino em formol 10%.

5

S46

ILEÍTE - MÉTODO I.F.I

Material: Sangue total ou soro.

Preservação: Remeter sob refrigeração ou soro congelado.

TÉCNICAS: Ileíte - Imunofluorescência (I.F.I.)

3

S57

ILEÍTE - MÉTODO PESQUISA DIRETA 

Amostra: Fezes, swab ou fragmento de intestino.

Preservação: Remeter sob refrigeração, sem congelar.

METODO: pesquisa direta do agente- Lawsonia intracelullares.

2

S23

EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES

MATERIAL: Fezes recente

Método utilizado: OPG e Flutuação com Sulfato de Zinco

Preservação: temperatura ambiente ou refrigerado.

1

  

 


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